terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Cansada


Estou cansada.
Cansada de estar cansada.
Tão cansada que já nem a palavra faz sentido, são só letras atiradas para a tela.
Cabeça cheia de tudo e de nada. Preocupações que não deviam ser só minhas.
Não sei se continuo a insistir porque começo mesmo a ficar cansada.
De fazer sempre igual. De que não me queiram ouvir.
Cansada de estar cansada e de continuar a ser estúpida.
De deixar passar, de não exigir desculpas porque já passou mas nunca passa.
Porque gosto e continuo, mas não gosto que doa e já dói demais, já cansa.
Porque quero que esteja tudo bem mas já não depende de mim.
Sinto-me tão oca que paro de escrever a cada linha porque perdi o raciocínio, o fio à meada, e resta afasia e dislexia...
O que se chama a alguém que chama hipócrita a alguém
quando essa pessoa faz o mesmo, e em vez de ver na outra os seus erros ainda critica...
há de ser uma hipérbole da hipocrisia. Hipocrisia só é pouco. É eufemismo portanto.
Ainda te reveste em alguém por momentos, e sentiste-te mal, mas depois passou. Passa sempre, normalmente nem admites e parva sou eu que digo que está tudo bem e que já passou.
Se não foste bem educado em alguns aspectos e eu que os critico continuo a educar-te da mesma maneira... aí sim, é o único momento em que me podem chamar de hipócrita também.

E só tenho medo que voltem as correntes de ar, as portas a abrir e a fechar...
Porque não lido bem com a instabilidade. E as correntes de ar são feitas disso mesmo.
A porta volta a estar entreaberta e os drunfos querem voltar.
Eu quero ser forte mas até disso estou cansada.
Porque o tenho de ser sempre, e tudo o que é sempre cansa.
Preciso que alguém tome conta de mim para variar.
(merda, já deixei queimar a sopa).




segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Às vezes são vezes a mais



E depois há dias daqueles em que sentes tudo ao mesmo tempo de tal maneira que nem sentes nada.
A tristeza, a raiva, os nervos, o cansaço, a incerteza, a incapacidade, apoderam-se de ti de tal maneira que em vez de chorares, de gritares, de dormires... só consegues não saber nada. Sentir tudo e nada, dar voltas e mais voltas na cama, sentir um vazio cheio de furacões, ter a cabeça a rebentar de tão cheia de tudo e de nada. Tonturas e tremores. Borboletas na barriga que em vez de fazerem bem dão vontade de vomitar. Soluços de choro e pernas sem força. Dores em todo o corpo e não o sentir.
Acho que já perguntei há muito tempo quando é que ia ser completamente feliz, mas ninguém me respondeu. Já pedi para me tirarem daqui muitas vezes mas tenho de ser sempre eu a fazer tudo. Às vezes só queria que alguém tomasse conta de mim, e às vezes parece que nunca ninguém tomou. Às vezes tenho medo de estar estragada para sempre e nunca ser feliz. Às vezes tenho medo.



terça-feira, 6 de agosto de 2013

Era só para dizer...

...que vim aqui ler um bocadinho porque estava com saudades do meu blog...
A sério, estava mesmo!!
E pronto, qui ça, pode ser que volte a ter tempo para publicar qualquer coisinha de vez em quando!
Enquanto isso, olha, vão dar sangue!! =)

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

the apathy is real, this headache is killing me, i can't even think straight...
please rescue me...

sábado, 6 de outubro de 2012

dói-me a alma...

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

dias de m*rda...

E depois no dia seguinte despedem-te.
Assim do nada. "Amanhã já não precisas de vir".
E as contas? Desaparecem é??? Oh meus grandes...
Fdx... a sério?!?!
E depois também há umas p*tas de merda, chibas do
c*ralho que não se sabem pôr no sítio delas, e um dia
destes ainda levam no focinho, se não for de mim é
da vida. Podem ficar descansadinhas!
E mais, um dia destes emigro!
Fartinha!

domingo, 19 de agosto de 2012

Fazes planos, (*)
e depois f*dem-tos.
Mil vezes.
Em dois anos.
Já chega.

(*) ou não fazes porque nunca sabes o teu horário...

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Can I be happy now... please?
I'm so tired of waiting...
So tired of being tired.
So tired of the opened doors that somehow seem to be closed now but IT stayed inside...
And I'm having real trouble kicking it out...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Das Portas e das Correntes de Ar

Sabem quando parece que a porta se está a abrir... a escancarar, e vem uma corrente de ar e a fecha?
E ficamos convencidos de que ficou fechada...
So passado um tempo nos apercebemos que o trinco está avariado e ela só ficou encostada... muito encostadinha... e a corrente de ar volta e ela começa a abrir devagarinho e depois mais depressa até voltar a escancarar. E tentamos correr, para ir a tempo de a agarrar, não vá ela bater na parede e partir os vidros... porque depois é dificil de colar, e comprar vidros novos sai muito caro...

E depois começamos a dizer palavras ao contrário e é como se estivessemos a aprender a falar outra vez...  e irrita.
E depois vêm respirações descontroladas, não no sentido positivo.
E o sono, e as insónias.
E a vontade de ser tudo ou não ser nada.

De sentir justiça num mundo injusto.
Injusto de papel e de papeis. De corações, de portas e janelas. De paredes a ruir.
De céus nublados e de calor a mais. De dias de trabalho e de ronha indesejada.
De voltas na cama. Tapar e destapar. De moscas e de chão de azulejo.

De marcadores permanentes e de frascos de álcool.
De coisas que não sabemos sequer se podemos mudar, se queremos mudar.
De sonhos que se podem não realizar exactamente como sonhámos.
De mudanças ou falta delas. De incertezas e desesperos.
De pessoas que vêm e pessoas que vão. E não voltam mais.
De cinzeiros e de frascos de comprimidos (ou falta deles).

E não sei se fecho as janelas para parar com a corrente de ar...
E não sei como o fazer porque agora que reparo estão todas fechadas e se calhar é por isso que é humido e desconfortável e não cheira a casa, e não sabe a casa.
Mas se estão todas fechadas como é que a porta se abriu?
E porque é que lá fora tudo secou?
E porquê as dúvidas?
A vontade inexplicavel de mudar, de arriscar, e ao mesmo tempo de não fazer nada.
E o medo.
Será medo? Seria zona de conforto, se me sentisse confortável...

E outra vez as insónias. E outra vez a vontade de dormir. Ou só de voltar para a cama.
De ficar em stand by e não fazer nada. De não querer perder tempo e ao mesmo tempo de o querer deixar passar por mim a ver se quando acordar já mudou, já está diferente, se já está melhor...

E preocupo-me.
Porque me preocupo de mais. E com toda a gente. Mesmo quando não acreditam. Mesmo quando digo que não. Porque raramente ainda vou conseguindo dizer que não. Mas depois digo que sim, mas demoro. E são panos e colchas e calças e lençóis. E sonhos e ideias...
Porque às vezes quero fugir, de tudo e de todos.
De ter paredes da cor que eu quero, com a área que quero... de ser maior.
E às vezes parece que mais ningém se preocupa. Com mais ninguém.
Como se não percebessem que as portas se abrem de rompante e que não adianta empurrá-las com força. Têm de se fechar devagarinho...e arranjar o trinco para que não voltem a abrir. Nunca mais.
E às vezes parece que não percebem nada, que são autistas, que não sentem empatia, que não sentem o mal que fazem, que são egoístas...
Mas no fundo sabemos que é mentira (as portas...). Ou temos medo que o seja... Porque um dia vem sempre um vento mais forte, um tornado, o que seja, e enquanto só estraga o trinco nem é muito grave, o pior é se um dia arranca mesmo a porta e nos arrasta ombreira fora...
Até lá agradeço que não empurrem a porta com muita força, isso só vai enfraquecer as dobradiças...

E lembrei-me agora que ainda não reguei as plantas hoje e depois seca tudo lá fora e temos de fazer tudo de novo. Como sempre.
Estou cansada de fazer de novo, de recomeçar. Mas quando tudo começa a secar tem mesmo de ser... ainda tentas mudar para um vaso maior, pôr fertilizante, regar mais vezes... mas não vês mudanças e percebes que morreu... E agora? Vasos? Sementes?

E estou farta, estou cansada, estou ferida porque é agudo. Mas também é grave. E dói.
E acho que se calhar estou partida, estragada e que não há arranjo possível, e ninguém tem paciência para gente estragada. Eu também já não tenho paciência para muita coisa.
Estou cansada de gente que se acha responsável e organizada.
E quero gente adulta porque estou farta de crianças e adoro crianças...


Acho que tenho um insecto gigante ou um t-rex bebé debaixo do frigorífico.
Ou então é no andar de cima.
E coisas que vêm da fruta que não há cá em casa. E patas.
Barulho, dores de cabeça, comprimidos que não funcionam e por isso não tomamos.
Outros que em SOS, mas já nem sabemos bem o que isso é... já não sabemos quando é muito mau porque é quase sempre mau.

Mas depois a porta fecha outra vez e parece que não foi nada.
Já passou e parece que não aconteceu. Ou fingimos que assim foi.
Mas a corrente de ar volta.
E como as janelas estão fechadas começo a ficar sem soluções...



E ela continua entrar porque hoje a porta escancarou.
Será melhor mandar a casa abaixo?

terça-feira, 24 de julho de 2012

miss u dad...