sábado, 15 de novembro de 2008

Nightmare Before Christmas



Hoje pensei muito Nela.
Se calhar o facto de ter lido o teu texto também facilitou isso (não tens culpa!) =)
Por muito tempo pensei que se tinha ido embora, que me tinha deixado. E eu gostava dessa sensação de distância.
Desse desprendimento. De não A ter na minha vida e nem sequer pensar Nela.
Hoje senti que me seguia de longe, observando todos os meus passos, na esperança de que eu caísse.
Porque no fundo Ela sabe, conhece-me, tem plena noção de que este é o melhor momento para atacar.
Sabe que o que faço prevê a sua chegada. Como abuso…
Sei que há limites e que tenho de ter cuidado, porque Ela é esperta e pressente. Mas não há limites agora, é uma altura complicada e nada posso fazer. Sou só uma.
Mas mesmo que Ela venha, e que inconscientemente eu não lhe abra, lhe escancare a porta, Ela há de ir embora.
Faz-se de convidada (indesejada) por um tempo mas depois eu ganho força e grito-lhe que saia, que não é bem-vinda. E Ela vai… devagarinho. Vai fazendo as malas e um dia sem mais nem ontem sai. E umas vezes deixa-me a casa desarrumada, outras, tem vergonha na cara e limpa tudo, e arruma. Mas quando não o faz acaba por vir sempre alguém que me ajuda. E é bom, e volta tudo ao normal.
Cheira-me que Ela vai tentar ficar até ao Natal, mas quando já não houver bolos, vai embora.

(originally written yesterday)

à R.L.

1 comentário:

R.L. disse...

:')

Quando Ela chegar (se chegar), chama-me. Tenho umas contas para ajustar com ela. E dou-lhe cabo do canastro.

Acho que fazemos uma boa dupla.

* E ela não vai chegar, do que depender de mim - vou arranjar-te umas fechaduras à maneira.